Os movimentos do xadrez politico em Pernambuco se aproximam de uma unidade entre oposições ou isso está cada dia mais distante? E o Governador Paulo Câmara, estaria alheio a tudo isso?
Fazendo uma analogia das prévias do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), realizadas recentemente pelo Diretório Nacional da legenda, com o objetivo de escolher quem seria o pré-candidato à presidência da república e oportunizando seus filiados em todo o país a escolherem democraticamente um nome de consenso para a missão, podemos assistir em Pernambuco – guardando suas devidas proporções e respeitando conjunturas, naturalmente -, sem falhos aplicativos, mas ‘olho no olho’ do pernambucano.
Trata-se de um processo que em alguma coisa lembra também a forma democrática de escolha dos candidatos.
No caso em tela, as oposições no Estado estão desde meados de Setembro, através de filiações e movimentos de escuta da população, mostrando sua cara. Uma nova oposição que pleiteia a cadeira do Governador Paulo Câmara (PSB).
PREVIAS DAS OPOSIÇÕES
RAQUEL - Encabeçados pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) e o gestor de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), o movimento ‘Levanta Pernambuco’ inicialmente se apresentou como “O primeiro grande passo para formar uma ampla frente e incorporar todas as forças políticas que quiserem integrar esse movimento”, no entanto não incluiu o DEM de Miguel.
Nesta primeira semana de Dezembro, por sinal, Raquel e aliados dentre estes o prefeito Anderson, a deputada Priscila Krause (DEM) e o ex-prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PSDB), atravessaram as fronteiras e desembarcaram no território onde Miguel tem maior atuação, domínio, conhecimento e possivelmente votos.
MIGUEL - O prefeito de Petrolina por sua vez, que desde sua filiação ao Democratas em setembro em expressivo evento na capital passou a circular de forma desenvolta e mais intensa pelas diversas regiões do estado – incluindo o Agreste de Raquel e região metropolitana, base de Anderson – além da Mata Sul com o seu movimento ‘#PorPernambuco’ não perdeu tempo: Durante a visita em Cortês e Joaquim Nabuco por exemplo, Coelho foi recepcionado por 04 prefeitos da região, recebendo gestos e apoios também de outras lideranças. Teve até prefeito do PSB lhe ofertando apoio.
UNIDADE - É fato que ambos os projetos, apesar de aparentemente antagônicos, buscam de forma análoga às previas nacionais do PSDB, um único objetivo: viabilizar suas candidaturas. Através da escuta e de posteriores debates, apresentação de soluções para composição de futuros planos de governos, estes movimentos pleiteiam unidade perante o eleitor pernambucano, que enfim e ao que parece, terá opções.
PSB TAMBÉM NA OFENSIVA
Essa divisão das oposições, neste recorte em meio a uma pandemia que teima em permanecer atormentando a humanidade e redesenhando projetos, é salutar para acalorar o debate e permitir a abertura de um amplo campo de possibilidades que devem culminar com a unidade em um provável segundo turno, no enfrentamento ao candidato do Governo que, independente de quem seja, não pode e nem deve ser subestimado. Ao lado de aliados, o governador Paulo Câmara (foto) continua percorrendo o estado no denominado ‘Plano Retomada’, entregando obras, assinando ordens de serviços para ações e tudo isso também de olho em 2022.
Certamente o gestor com as chaves e a caneta na mão, não pretende entregar facilmente a próxima gestão nas mãos dos opositores.
O fato é que, do ponto de vista eleitoral, 2022 promete muitas emoções na política pernambucana.
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