Há menos de um ano das eleições, as amostras de prováveis cenários, segundo levantamentos de institutos tradicionalmente ligados à esquerda pelo país, mostram grande vantagem do ex-presidente Lula.
Vem sendo divulgada amplamente, principalmente em veículos de comunicação que fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL), números de uma pesquisa levantados pelo Instituto Datafolha.
No levantamento, Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (16) pelo jornal "Folha de S. Paulo", veículo de comunicação que se posiciona como forte oposição ao Governo Bolsonaro, o presidente mantém o pior nível de avaliação de sua gestão neste final de mandato: 53% dos brasileiros, de acordo com a pesquisa, reprovam o modo como ele administra o país. Os dados mostram estabilidade em relação à pesquisa anterior, realizada de 13 a 15 de setembro.
LULA
Ainda de acordo com os números (na ilustração acima), líder na pesquisa de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou queda de quatro pontos entre os que o rejeitam.A pesquisa Datafolha para as eleições presidenciais de 2022 divulgada nesta quinta-feira (16) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança, com 48% das intenções de voto no primeiro turno. O atual presidente Jair Bolsonaro aparece na sequência, com 22%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
A rejeição do petista, em setembro, era de 38%. Agora, caiu para 34%, número que identifica aqueles que disseram que não votariam em Lula de jeito nenhum. O mesmo aconteceu com dois candidatos da chamada “terceira via”: João Doria (PSDB), que viu sua rejeição cair de 37% para 34%, e Ciro Gomes (PDT), que também registrou queda de quatro pontos: de 30%, há três meses, para 26% no atual levantamento.
Citado na primeira vez na pesquisa, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) enfrenta 30% de rejeição no eleitorado. Filiado ao Podemos em novembro, o ex-ministro de Bolsonaro não estava oficialmente na disputa à Presidência na data do último levantamento.
DATAFOLHA TEM HISTÓRICO RECENTE DE ERROS
Taxas de pesquisa em véspera de eleição não podem ser comparadas com o resultado final. No espaço de tempo entre a entrevista com o eleitor e a sentença nas urnas, muitos fatores podem aparecer no caminho: o noticiário, o cancelamento de um debate – e até o resultado do próprio levantamento.
Portanto, seja qual for o resultado apresentando por um instituto agora, serve apenas para redirecionamento dos pré-candidatos e partidos, além de uma visão mais clara da necessidade de criação de alianças e composições pré-eleitorais.
O Instituto Datafolha tem um histórico de erros recentes que, semelhantemente ao Instituto IBOPE (que após muitos fiascos com resultados errados nas últimas eleições, transformou-se no atual IPESPE). Nas recentes eleições de 2020, por exemplo, As diferenças ultrapassaram significativamente a margem de erro em algumas capitais.
Em Fortaleza, no Ceará, o Datafolha indicava em 28 de novembro uma vantagem catorze pontos percentuais para José Sarto (PDT), o candidato de Ciro Gomes, contra Capitão Wagner (PROS), o favorito do presidente Jair Bolsonaro: 57% contra 43%. No dia seguinte, Sarto venceu, mas por pouco: 51,7%, contra 48,3%.
Na briga entre os primos do Recife, o Datafolha previa um empate que não se cumpriu. Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB) tinham ambos dos 50% dos votos válidos. A dez dias da eleição, a petista liderava com 55%; três dias antes, tinha 52%. Terminou a corrida com 43,7%.
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