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EXEMPLO: Governo de Maceió compra hospital particular para transformá-lo em unidade pública de saúde

Foto do escritor: Marcelo JorgeMarcelo Jorge
Fugindo das ‘brigas’ que vem sendo protagonizadas por prefeituras para gastar milhões de reais na produção de eventos, o governo municipal de Maceió decidiu direcionar seus esforços para resolver os graves problemas da saúde

A compra do tradicional ‘Hospital do Coração’, considerado referência e um dos mais modernos complexos privados de saúde de Alagoas, vem se transformando no foco das principais noticias.

É que a referida unidade de saúde, até então privada, se tornará pública e sua administração passará a ser feita pela Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS). O inusitado anúncio foi feito nesta sexta-feira (29) pela Prefeitura de Maceió. Segundo a informação oficial, 100% do hospital foi adquirido.

Com a efetivação do negócio, estarão sendo investidos cerca de R$ 266 milhões dos cofres municipais e este custo será arcado com recursos obtidos a partir da indenização fruto de acordo entre o Município e a mineradora Braskem.

Para o prefeito João Henrique Caldas (PL), o JHC, que inclusive é amigo pessoal do também liberal, deputado federal pernambucano Fernando Rodolfo (foto), Maceió era a única capital do Nordeste que não tinha um hospital. A partir de agora declaramos, de forma efetiva, a emancipação da Saúde, ou seja, Maceió tendo a sua independência e fazendo a sua parte na atenção especializada. Existia esse desejo de dar mais um passo e esses recursos usados na compra são provenientes da indenização reparatória da Braskem. Esse investimento é para que a população mais pobre, mais carente, possa ter um hospital de ponta”, disse o gestor.


Enquanto isso a grande maioria dos municípios, apesar da fragilidade no atendimento básico à saúde da população, continua teimando em investir milhões de reais em eventos e entretenimento, cujo “retorno” se evapora em algumas horas, semelhantemente à fumaça do gêlo seco, utilizado como efeito visual nas apresentações.

Nestes casos, as únicas interferências efetivas das festas e eventos na saúde é a lotação do hospitais regionais com casos de violência, acidentes e em proporção maior, os comas alcóolicos.

Se a disposição e agilidade em municipalizar o Hospital Regional Dom Moura - conduzido por heróis da saúde - fosse a mesma usada para municipalizar eventos, aportando-se os mesmos investimentos, talvez o município pudesse dormir e acordar melhor...

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