HISTÓRIA: Como a 'Festa de Reis de Brejão' faria 117 anos em 2022 se o município tem apenas 63?
A jovem prefeita Beta Cadengue elucidou, para os que assim como eu tinham esta dúvida, que não existe incoerência em relação as datas do município que governa desde 2016. É só questão de pesquisa.

Com a decisão de não realizar a tradicional 'Festa de Reis', em razão dos riscos da pandemia do Covid-19, agravada pela chegada da variante 'Ômicron' e anunciada pelas redes sociais da Prefeita Beta Cadengue (PSB), Brejão interrompe pela segunda vez em 116 anos a realização daquela comemoração.
Mas, muitas pessoas ainda tem dúvidas sobre a idade daquele simpático e acolhedor município de 8.981 habitantes, distante 251 quilômetros da capital Recife e que segundo historiadores foi elevada a condição de cidade em 1958, perfazendo 63 anos de existência em 2021. Brejão inclusive já foi grande produtor e exportador de café para o Brasil e o exterior. Algumas fazendas que mostram a opulência do passado glorioso ainda podem ser encontrados em muitos pontos da zona rural.
Mas a pergunta que fica é:
Como seu evento religioso mais tradicional, a 'Festa de Reis' vem sendo celebrada a 116 anos em uma cidade que só tem 63?

Para tirar as dúvidas, recorremos à própria Prefeita Beta (foto) que governa o município desde 2016 e que apesar da juventude é conhecedora da história local através das referências do avô Josa Cadengue e do seu pai Sandoval, - este último atual Secretário de Governo -, já que ambos também governaram o município.
Através de pesquisas a prefeita nos informou os detalhes: A história oficial narra que em dezembro de 1908 foi criado o distrito com a denominação de Brejão de Santa Cruz, e o mesmo era pertencente ao município de Garanhuns.
Em 1936, o nome inicial foi alterado para Brejão. Somente em 1958 portanto, foi constituído município autônomo.
A 'Festa de Reis' por sua vez já acontecia anteriormente, desde os tempos de Vila de Garanhuns quando sequer havia eletrificação para iluminar o evento, suas atrações e seus participantes. Para isso, os moradores à época utilizavam colmos de bambu transformados em candeeiros e alimentados com óleo diesel.