O profissional era referência do Marketing Eleitoral no Brasil, sinônimo de sucesso atendeu grandes clientes no meio politico
Figura disputada entre políticos, o marqueteiro Duda Mendonça, que morreu aos 77 anos, teve uma carreira marcada por grandes trabalhos em eleições no Brasil. A morte de Duda foi confirmada pela família nesta segunda-feira (16). Ele estava internado em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês.
O ex-marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) estava hospitalizado para tratar um câncer no cérebro e fazia quimioterapia. Em junho, ele foi diagnosticado com a Covid-19, teve o quadro de saúde agravado e precisou ser intubado. O corpo de Duda será cremado, e os detalhes sobre o local estão sendo definidos pelos familiares. Entre as campanhas que liderou, se destacam a de Paulo Maluf à Prefeitura de São Paulo em 1992, e a de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência em 2002. Na Europa, Duda também ajudou a eleger o ex-primeiro-ministro lusitano Pedro Santana Lopes. José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, o Duda, nasceu em 10 de agosto de 1944, em Salvador. A trajetória profissional de quase 50 anos começou a ganhar forma ainda em 1975, quando ele criou a agência DM9 propaganda.
A partir da aproximação com vários políticos, Duda Mendonça também se envolveu em escândalos de corrupção. Em 2005, o nome dele apareceu no Mensalão, onde virou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) junto com outras 37 pessoas e foi acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Já em 2016, o marqueteiro passou a ser investigado na Operação Lava Jato e virou réu no STF novamente, pelos mesmos crimes que respondeu no Mensalão.
Em 2016, Duda passou a ser investigado na Operação Lava Jato e virou réu no STF novamente, pelos mesmos crimes que respondeu no Mensalão.
No processo, ele foi acusado de receber por serviços ao PT, por meio de uma offshore nas Bahamas. Offshore é o termo usado para sociedades ou contas bancárias que são abertas fora do local de domicílio dos proprietários, para ter um regime tributário diferente.
Em 2017, o publicitário assinou um acordo de delação premiada relacionado à Lava Jato, que foi homologado pelo ministro Edson Fachin, do STF. Ele foi o terceiro marqueteiro do partido a assinar a delação. As revelações foram anexadas à investigação e são mantidas sob sigilo desde então.
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