Em notas emitidas pelos seus respectivos diretórios, as dez legendas que já fazem oposição velada ou 'escancarada' ao Governo Federal, aproveitam a oportunidade para apoiarem as medidas do Supremo Tribunal Federal
Desde ontem, Domingo (22), 10 partidos políticos divulgaram uma nota em apoio ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao ministro Alexandre de Moraes. No documento, as legendas "reafirmam o compromisso com a manutenção da democracia" e "prestam solidariedade" ao ministro do Supremo que é alvo de um pedido de impeachment apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro.
MDB, DEM e PSDB, PDT, PSB, Cidadania, PCdoB, PV, Rede e PT assinaram os textos, que estendem a 'solidariedade' ao ministro do STF Luis Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também em litígio com o presidente Bolsonaro por este defender o voto auditável, enquanto Barroso garante que as urnas eletrônicas são à prova de violação.
Somados, os dez partidos reúnem 43 dos 81 senadores com mandato vigente – incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que já disse não antever fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para dar andamento ao pedido de impeachment de Moraes. Pela Constituição, cabe aos senadores analisar o eventual cometimento de infrações pelos magistrados do STF.
No texto, as siglas dizem reafirmar o compromisso com “a democracia, a independência e a harmonia entre os Poderes”, além do respeito “total” à Constituição.
SUPOSTA RETALIAÇÃO
No entanto, nenhum destes partidos citou as recentes medidas dos Ministros Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso, que vem infringindo a própria Constituição Federal quando autorizam a perseguição, banimento da internet, desmonetização de canais, derrubada de redes sociais e até os pedidos de prisão de conservadores que se manifestam a favor do Governo Bolsonaro, atos que vão de encontro às liberdades individuais como a de imprensa e a manifestação do livre pensamento, sendo portanto garantias constitucionais.
Alguns analistas avaliam que o real motivo da divulgação da nota pelos partidos foi o veto dado pelo presidente Bolsonaro ao fundo de financiamento eleitoral, o chamado “Fundão”, que saltaria de 2 para 5,7 bilhões de reais, proposto pelo Congresso para utilização na propaganda eleitoral no ano que vem, já que são estas legendas as maiores interessadas na utilização de mais e mais recursos do povo para utilização em suas campanhas, mesmo que a grande maioria da população não concorde com esse valor abusivo.
Em resposta a tudo isso, conservadores brasileiros vem convocando a população para a participação em manifestações pacíficas marcadas para acontecerem no dia 07 de setembro em todo o país, principalmente em Brasília, na Avenida Paulista em São Paulo, no Rio de Janeiro e outras capitais e municípios. O objetivo segundo os organizadores da marcha é a solicitação popular da destituição dos ministros do STF e a pauta encerrada há alguns dias no Congresso de autorizar o voto auditável já para as próximas eleições de 2022.
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