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TSE descarta fraude na eleição de 2018, apesar de admitir invasão hacker

O próprio TSE admitiu que o hacker teve acesso às chaves geradas no momento em que o Tribunal faz a cerimônia de lacração dos equipamentos, chamando a atenção para a gravidade do fato

Após o presidente Jair Bolsonaro apresentar um inquérito da Polícia Federal de 2018 onde o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) admite a invasão de um hacker ao sistema interno no qual pode ter ocorrido o acesso ao código-fonte da urna eletrônica, o órgão eleitoral se manifestou na madrugada desta quinta-feira (5).

Segundo o TSE, o episódio apresentado por Bolsonaro não é novo e, na época dos fatos, foi noticiado em diversos veículos de imprensa. “Embora objeto de inquérito sigiloso, não se trata de informação nova”, diz o comunicado. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, afirmou na quarta-feira que está preparando um pedido para abertura da "CPI das urnas eletrônicas".


Ontem, Bolsonaro afirmou que o hacker teria permanecido por meses nos sistemas internos do TSE, inclusive com acesso a senhas de um ministro e de um servidor que teria acesso ao código-fonte. O Tribunal, por sua vez, garante que o acesso indevido não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018. “Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu”, diz o TSE.


Cabe reiterar que as urnas eletrônicas jamais entram em rede. Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração. Por essa razão, é possível afirmar, com margem de certeza, que a invasão investigada não teve qualquer impacto sobre o resultado das eleições”, diz o órgão. O Tribunal, por sua vez, garante que o acesso indevido não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018.


Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu”, diz o TSE. “Cabe reiterar que as urnas eletrônicas jamais entram em rede. Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração. Por essa razão, é possível afirmar, com margem de certeza, que a invasão investigada não teve qualquer impacto sobre o resultado das eleições”, diz o órgão.


CÓDIGO FONTE ACESSÍVEL


Ao lado do presidente, o deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da PEC do voto impresso, também contestou a inviolabilidade das urnas eletrônicas, afirmando que o próprio TSE admitiu que o hacker teve acesso às chaves geradas no momento em que o Tribunal faz a cerimônia de lacração dos equipamentos, chamando a atenção para a gravidade do fato.

“Se o hacker teve acesso ao desenvolvimento do software e posteriormente o TSE lacrou o software e colocou dentro da urna, sem ninguém perceber, pois o software tem mais de 70 milhões de linhas de código-fonte. Então se ele teve acesso a tudo isso, inclusive no momento em que o software era desenvolvido, pode ter feito uma alteração, uma programação do software, para fazer qualquer desvio de votos. E inclusive esse software lacrado e assinado pelo próprio TSE", disse o deputado.


Com informações do "Gazeta do Povo"

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